7 de maio de 2016

No mês de Maria, um testemunho por dia: nº 07


Padre Paulo Ricardo, ancorado nos ensinamentos de São Luís de Monfort, afirmou com muita unção a frase da imagem acima: "Mas que sentido tem uma pessoa achar que a Lua vai tirar a glória do Sol? Do mesmo jeito... Que sentido tem uma pessoa achar que Maria vai tirar a glória de Deus? Toda luz que há na Lua vem do Sol! Toda Luz que há em Maria vem de Deus!"
Desde que me converti ao catolicismo na minha juventude, fui me formando e educando na Igreja sobre o que seria a verdadeira devoção à Maria  e passei a entender que todo preconceito e rejeição que se pode ter à pessoa da Virgem Santíssima vem da desinformação sobre a teologia e a doutrina acerca do culto que se deve a ela. As pessoas, assim como eu na época em que me desviei da Igreja para me aprofundar no espiritismo (história que conto neste post: http://eutenhodeusedeusmetem.blogspot.com.br/2016/05/no-mes-de-maria-um-testemunho-por-dia-n_4.html) têm medo de ofender Jesus amando e honrando tanto assim a Maria. 
É verdade que existem muitos abusos e exageros mas, repito, é por ignorância doutrinal e não por equívoco da Igreja. A Igreja jamais quis ofuscar a adoração a Deus, a Jesus com a veneração a Maria, isto é ponto inequívoco! Apenas quem não se aprofunda na formação do depósito da fé ignora esses conceitos! 
Mas felizmente eu tive a oportunidade de ouvir o que propõe da Igreja da "boca da Igreja", e não de quem não conhece nada de Magistério e ainda assim emite juízo de valor sobre matéria que desconhece. Com a caminhada na comunidade fui ouvindo pregações, palestras, participando de formações, lendo livros, documentos da Igreja e pelo aprendizado fui me descontaminando de discriminações plantadas na minha mente sobre Maria. 
Uma dessa fontes que muito me esclareceram foi o livro "Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem" de São Luís Maria Grignion de Monfort. Por indicação de uma serva muito especial da RCC, que aliás tinha sido minha professora na antiga 4ª série do fundamental, Maria Auxiliadora Dias Barbosa, eu conheci esse manual especialíssimo, pelo qual muitas dúvidas que tinha foram sendo esclarecidas e, de uma vez por todas, entendi não só a possibilidade da devoção mariana, mas a necessidade dela!
Este livro me marcou profundamente e desde a sua leitura e o seu estudo fiquei com essa noção de Maria como sendo essa Lua descrita pelo Pe. Paulo Ricardo. Linda Lua! Amada Lua! Sempre refletindo a luz, a grandeza, a bondade do Sol em sua energia e calor sem nunca pretender substituí-lo, antes gravitando ao seu redor submissa, a serviço, docemente. 
Desde que tive esse entendimento nunca mais olhei para a Lua da mesma maneira! Recordo-me que a nossa "Lua de Mel" (que também o Senhor providenciou para nós pois ganhamos a hospedagem no Hotel, um carro emprestado, o dinheiro da gasolina e de nos manter por lá, tudo!) eu meu marido Juliano já havíamos consagrado a Nossa Senhora e a vivemos como viagem plenamente espiritual e não apenas romântica.
Casamos com a Lua em quarto crescente e entendi isso como um sinal para nosso relacionamento que, santificado pela graça sacramental, ia a partir de então também crescer, amadurecer, dar frutos. Rezávamos o Rosário inteiro, diariamente e em especial em todos os dias de nossa viagem. Quando chegamos ao nosso destino (2 dias de viagem), encontramos por cenário uma linda praia com uma imensa Lua cheia, realmente enorme, amarela, sobre o mar e formando uma pintura maravilhosa entre os coqueiros da janela do nosso quarto toda noite, iluminando de maneira sobrenatural esse momento tão especial em nossas vidas! 
Entendemos como um símbolo extraordinário de mensagem divina: Jesus mais uma vez nos abençoava com Sua presença e a de Sua Mãe em nossa trajetória de amor. De dia o Sol brilhava forte e quente para nosso deleite, de noite essa Lua impressionante nos cativava e inspirava. Tivemos a certeza: nosso matrimônio se iniciava na Providência, iluminado pelo Sol e pela Lua! 


As imagens, sinais, símbolos são formas importantes para a comunicação não só humana, mas também espiritual. Aprendemos a estar atentos a esses detalhes em nossa vivência de fé para permitir que nutram nossa vida de oração, de espiritualidade, de adoração a Jesus e devoção a Maria. 
Seja sempre para nós, querida Mãe, essa mulher vestida de sol (Apo 12, 1) a iluminar as noites de nossa existência! Mulher que gera em nossas vidas o Filho e faz o Dragão se deter diante de si (Apo 12, 4-5).  Essa mulher que surge como a aurora, bela como a Lua, brilhante como o sol, temível como um exército em ordem de batalha (Cânticos 6, 10), que combate conosco nossos combates sob o comando do Filho! Amém! 

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