18 de abril de 2011

ORIGEM E SIGNIFICADO DA SEMANA SANTA

Recebi este texto compartilhado no twitter pelo Pe. Carlos Henrique (@pe_carlos) da Paróquia do Divino Espírito Santo, Ouro Branco - RN, postado em seu Blog "Comentário do Evangelho do Domingo - Homilia Dominical" (http://pecarlos.blogspot.com/). É interessante como fica clara a fidelidade da Igreja às práticas espirituais que remontam aos primórdios do cristianismo e que cada celebração da "Semana Sem Comparação" (a Semana Santa), tem um porquê. Que possamos nós viver cada momento desta Semana incomparável com toda alma, toda consciência, todo coração. 


A “Semana Santa” surgiu já nos primórdios do cristianismo quando as comunidades cristãs em Jerusalém se reuniam, na Sexta-feira e no Sábado, mediante rigoroso jejum, recordando o sofrimento e a morte de Jesus, ou seja, rememorando “os dias em que nos foi tirado o esposo” (diebus in quibus ablatus est sponsus: Cf. Mt 9,15; Mc 2,20). Dessa forma, se preparavam para a festa da Páscoa, no Domingo, em que celebravam a memória da ressurreição de Jesus.
Posteriormente, a observância do jejum passou a ser praticada também na Quarta-feira para lembrar o dia em que os chefes judaicos decidiram prender Jesus, isto é, “porque nesse dia começaram a tramar a morte do Senhor” (propter initum a Iudaeis consilium de proditione Domini: Cf. Mc 3,6; 14,1-2; Lc 6,11; 19,47; 20,19a; 22,2).
Tudo isto ocorria mais fortemente em Jerusalém porque provavelmente ali permaneciam mais vivas as lembranças dos últimos dias de Jesus. Essas solenidades passaram a ser imitadas pelas Igrejas do Oriente e depois pelas Igrejas europeias. Esses dias eram também de descanso para todos os servos e escravos. Em algumas Igrejas em Jerusalém eram celebradas todas as noites vigílias solenes com orações e leituras bíblicas, e com a celebração da Eucaristia. Em meados do Século III, já se observava o jejum em todos os dias da Semana Santa.
A importância da Semana que antecede a festa da Páscoa está evidenciada claramente através dos diversos nomes dados a essa época litúrgica ao longo dos primeiros séculos: “Hebdomada Paschalis”(Semana da Páscoa); “Hebdomada Authentica” (Semana “sem comparação” ou que “tem uma importância toda sua, em si e por si mesma”); “Hebdomada Maior” (Semana Maior); e, por fim, “Hebdomada Sancta” (Semana Santa). As cerimônias litúrgicas particulares da Semana Santa começaram a desenvolver-se a partir do século IV. Resumidamente, a Semana Santa assim se desdobra:

Pregação: Deus nos quer marianos e eucarísticos

1.   Creio. … na Santa Igreja Católica…  Esse ‘na’ significa: creio no que ela diz, ensina; mas também, creio em Deus ‘dentro’ dela. Não me focarei em me defender, nem em me explicar sobre os questionamentos protestantes. Meu foco será a minha fé: sou católica, e conseqüentemente sou eucarística e sou mariana.  Papa Pio XII: “A fé da Igreja é esta: que um só e o mesmo é o Verbo de Deus e o Filho de Maria, que sofreu na cruz, que está presente na Eucaristia, e que reina no céu.”
2.   Dom Bosco, o santo dos jovens, fundador da Família Salesiana, recebia com freqüência revelações de Deus através de sonhos. Eram verdadeiros sonhos proféticos. Certa noite sonhou com um mar tremendamente tempestuoso onde um barco era agitado pelas ondas e cercado de inimigos que o atacavam por todos os lados. Aproximando a visão, ele pôde ver que naquele barco, além dos tripulantes que lutavam para mantê-lo no meio da borrasca, havia bispos e cardeais e bem na proa do barco estava o papa de pé e de braços abertos. Em seguida, Dom Bosco percebe que, de repente, surge um vento soprando sobre as velas que a tripulação procura manter estendidas, e conduz aquele grande barco numa determinada direção. Dom Bosco não tem mais dúvida: aquele barco é o barco da Igreja. Daí ele entendeu também o porquê daquela tempestade e dos inimigos que o atacavam. Pouco tempo depois percebe que o barco, conduzido por aquele vento (que ele logo entende, é o vento do Espírito Santo), aporta no meio de duas grandes e fortes colunas. Em cima de uma está uma linda imagem de Nossa Senhora, a Auxiliadora dos cristãos, e sobre a outra um enorme ostensório com Jesus presente na Eucaristia. No momento em que o barco se posiciona entre Maria e a Eucaristia, a tempestade, num instante, se dissipa e os inimigos, que atacavam ferozmente o barco da Igreja, fogem espavoridos e se faz uma grande calmaria.
3.   Nossa opção é por sermos cristãos eucarísticos e marianos. Deus nos quer eucarísticos e marianos, pois Ele quer nos dar a proteção e a paz conforme o sonho de Dom Bosco.
4.   Nossa opção é levar Maria em consideração em nossa relação com Deus, uno e trino: nosso Pai-Amor; com Jesus, nosso Salvador e com o Espírito Santo, nosso santificador.  Em Maria, a Santíssima Trindade teve a moradia mais bela e acolhedora entre todos os homens e mulheres. Gal 4, 4 -7 a: Mas quando veio a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, que nasceu de uma mulher e nasceu submetido a uma lei, a fim de remir os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a sua adoção. A prova de que sois filhos é que Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai! Portanto já não és escravo, mas filho. Esse mesmo Espírito que Deus enviou a nossos corações e que chama dentro de nós Deus de Pai foi Ele de quem o anjo falou quando explicava a concepção do Filho do Altíssimo no ventre de Maria: O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. (Luc 1, 32.35) 
5.   Por isso eu digo como o anjo a José: Não temas receber Maria, o que nela foi gerado provém do Espírito santo, da mesma forma que o Espírito Santo desce sobre as espécies eucarísticas e as transforma em corpo e sangue de Jesus.
6.   Nossa opção como cristãos é nos subordinar à Palavra de Deus a respeito de Maria e da Eucaristia.

Maria e a Eucaristia: nosso porto seguro


Dom Bosco, o santo dos jovens, fundador da Família Salesiana, recebia com freqüência revelações de Deus através de sonhos. Eram verdadeiros sonhos proféticos.
Certa noite, sonhou com um mar tremendamente tempestuoso onde um barco era agitado pelas ondas e cercado de inimigos que o atacavam por todos os lados.
Aproximando a visão, ele pôde ver que naquele barco, além dos tripulantes que lutavam para mantê-lo no meio da borrasca, havia bispos e cardeais e bem na proa do barco estava o papa de pé e de braços abertos.
Em seguida, Dom Bosco percebe que, de repente, surge um vento soprando sobre as velas que a tripulação procura manter estendidas, e conduz aquele grande barco numa determinada direção.
Dom Bosco não tem mais dúvida: aquele barco é o barco da Igreja. Daí ele entendeu também o porquê daquela tempestade e dos inimigos que o atacavam.
Pouco tempo depois percebe que o barco, conduzido por aquele vento (que ele logo entende, é o vento do Espírito Santo), aporta no meio de duas grandes e fortes colunas. Em cima de uma está uma linda imagem de Nossa Senhora, a Auxiliadora dos cristãos, e sobre a outra um enorme ostensório com Jesus presente na Eucaristia.
No momento em que o barco se posiciona entre Maria e a Eucaristia, a tempestade, num instante, se dissipa e os inimigos, que atacavam ferozmente o barco da Igreja, fogem espavoridos e se faz uma grande calmaria.
Existe uma estampa muito linda retratando esse sonho profético que, com Dom Bosco, nós entendemos também.
No ano passado (2005) nós tivemos, por escolha do Papa João Paulo II, o ano Eucarístico, tempo de graça maravilhosa para toda a Igreja. Neste ano (2006), justamente no mês de maio, o mês de Maria, temos a graça do 15º Congresso Eucarístico Nacional, realizando-se em Florianópolis, capital de Santa Catarina.
Maria e a Eucaristia são porto seguro para onde o Espírito Santo conduz a sua Igreja. Aí, e somente aí, ela terá vitória, segurança e paz. É para este porto seguro que o Espírito conduz a Igreja do Brasil.
É para aí que o Espírito Santo quer conduzir também a Igreja doméstica que é a sua casa e a sua família. É aí, e somente aí que, nestes tempos tumultuosos de ataque cerrado sobre a família, nós teremos a vitória, a segurança e a paz de que tanto necessitamos.
Maria e a Eucaristia são as duas colunas de guarda e proteção para a igreja doméstica na qual você é responsável e porto de salvação para onde estamos sendo todos conduzidos.
Aí, e somente aí, teremos a vitória, a segurança e a paz. Paz para nossas casas. Vitória certa para as nossas famílias.
Maria e a Eucaristia: o nosso porto seguro.
(Mensagem de Monsenhor Jonas Abib para Maio de 2006)

Pregação: A Armadura do Cristão (Efésios 6, 10-18)



1. Combate Espiritual
2. Não contra homens, mas contra o Diabo. É preciso ter  Visão espiritual para perceber que esta é uma batalha sobrenatural.
3. 1 Ped 5, 8: Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar. Resisti-lhe fortes na fé.
4. Diabo existe: O mal, conforme nos ensina o Catecismo da Igreja Católica, não é uma abstração, mas é uma pessoa, e tem nome: o anjo decaído do céu. Sua missão: matar, roubar e destruir.(Jo 10, 10). Matar-> vida; Roubar-> bens; Destruir-> tudo o que construirmos.
5. Única maneira de o encardido mover esse copo (qualquer coisa): usando a sua mão. Ele é puro espírito, só age através de nós.
6. A partir do momento em que você foi batizado, entrou em combate, e deixou o Inimigo furioso. A partir do momento que  teve um encontro pessoal com Jesus, vc passou a incomodar o Inimigo de Deus, pois antes, quando você não se importava com as coisas de Deus, vivia no pecado, vc não era problema para o Diabo, você já estava a serviço dele.. Mas quando você passou pro lado de Deus, ele ficou furioso, talvez até tenha atacado mais forte.
7. Estamos  em combate, você queira ou não: qual sua situação? Você pode estar em 3 situações:

Pregação: Louvor


Conceito: "Reconhecimento de distinção; homenagem, exaltação dos méritos de alguém, elogio; demonstração de gratidão, agradecimento."

  • Eclo 39,19-20: Cantai cânticos e bendizei o Senhor nas suas obras. Dai ao seu nome magníficos elogios, glorificai-o com a voz de vossos lábios, com os cânticos de vossos lábios e a música das harpas.
  • Sl 65, 2-4.8: Cantai a glória de seu nome, rendei-lhe glorioso louvor. Dizei a Deus: Vossas obras são estupendas! Tal é o vosso poder que os próprios inimigos vos glorificam. Diante de vós se prosterne toda a terra, e cante em vossa honra a glória de vosso nome. Bendizei, ó povos, ao nosso Deus, publicai seus louvores.
- Homens e mulheres que louvam são homens e de fogo, capazes de incendiar outros corações. O louvor gera um estado de ânimo que contagia a todos que estão ao redor.

15 de abril de 2011

Dom Carismático da Sabedoria


O Dom Carismático da Sabedoria é como uma onda de rádio divina que passa pelo ar. Devemos sintonizar nossas antenas para poder captá-la, processá-la em nosso interior e retransmití-la para o povo de Deus com fidelidade. 

São Paulo dizia em 1 Cor 2, 7: "Pregamos a sabedoria de Deus, misteriosa e secreta, que Deus predeterminou antes de existir o tempo, para a nossa glória."  Esta sabedoria é derramada por Deus em seus filhos por obra do Espírito, 1Cor 12,8: A um é dada pelo Espírito uma palavra de sabedoria.

Contudo, é importante diferenciar suas várias manifestações.

Dom Carismático de Ciência

 O dom carismático de Ciência é como uma luz que Deus acende no interior do homem e ilumina toda a sua vida, a fim de que ele creia em Deus, creia que esse Deus o conhece, conhece sua história, suas dores e superações, que Ele o ama e que o quer curar e libertar e lhe dar uma vida plena.

A Palavra de Deus em 1 Cor 12, 7-8 afirma que o Espírito Santo derrama esse dom em nossas comunidades para a sua edificação: "A um é dada pelo Espírito uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de ciência, por esse mesmo Espírito".

Devemos diferenciar Ciência, dom infuso de Ciência e dom carismático de Ciência.

14 de abril de 2011

Palavra de Deus, matrimônio e família

(Trecho da Exortação Verbum Domini, do Papa Bento XVI, sobre a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja.)
 
É necessário sublinhar a relação entre Palavra de Deus, matrimônio e família cristã. Com efeito, "com o anúncio da Palavra de Deus, a Igreja revela à família cristã a sua verdadeira identidade, o que ela é e deve ser segundo o desígnio do Senhor". Por isso, nunca se perca de vista que a Palavra de Deus está na origem do matrimônio (cf. Gn 2, 24) e que o próprio Jesus quis incluir o matrimônio entre as instituições do seu Reino (cf. Mt 19, 4-8), elevando a sacramento o que originalmente estava inscrito na natureza humana. 

Espiritualidade ou Chocolate? Qual é seu compromisso para essa Quaresma?

Compartilho um texto muito coerente de João Paulo Veloso, Seminarista da Arquidiocese de Palmas, Coordenador Nacional do Ministério para Seminaristas da RCC sobre a secularização da maior das festas cristãs: a Páscoa. Ótima reflexão para nossas práticas na vida concreta e um sério chamado para recristianzarmos a Páscoa, em especial evidenciando para nossas crianças e jovens a riqueza e beleza desse que é muito mais que um feriado. É excepicional oportunidade para testemunharmos e convidarmos nossos familiares e amigos ao recolhimento e ao jejum na quinta e na sexta e empolgarmos nossos filhos com a "Missa do Fogo" e todos os seus detalhes no sábado. Enfim, que o Domingo dos domingos não se resuma a ovos de chocolate, mas que a Missa de Páscoa seja o grande momento do dia, quiçá do ano!
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Estamos na época de aproveitar as promoções de ovos de chocolate nos supermercados?

Não! Para nós, cristãos, a maior festa da Igreja não pode ser minimizada a quilos de chocolate e troca de ovos entre os amigos e parentes.

Semelhante ao Natal, não podemos ceder ao apelo comercial, que também ganha destaque nesse tempo de Quaresma.

Páscoa é tempo de renovar nossas esperanças e nos aproximarmos de Jesus, que é nosso único Salvador.

Vamos fazer o possível para que, cada vez mais, a Páscoa retorne a seu sentido real.

Vamos espalhar essa idéia de espiritualidade entre os amigos e também entre as crianças. Essa proposta pode ser aderida também entre os nossos compromissos de Quaresma. VAMOS RECRISTIANIZAR A PÁSCOA! Vamos conversar e mostrar as pessoas que é sim possível viver uma Páscoa mais santa!

Vamos recristianizar a Páscoa!

13 de abril de 2011

Retiro da Boa Morte: só temos o "agora".

Toda Quaresma ou Advento, gosto de fazer a experiência do "Retiro da Boa Morte", ensinado por Dom Bosco aos salesianos. Consiste em ter em mente a possibilidade iminente da morte, ou, nas palavras de uma grande amiga (que Deus a tenha em bom lugar), ter em mente que "para morrer, basta estar vivo".

Já faz algum tempo que tento pensar na morte como fazia São Francisco, como uma irmã. Tento ter em mente que não posso deixar nada mal resolvido, para concluir depois, pois não tenho como ter certeza de estar viva a não ser no 'agora'. O salmista afirma que a vida é como um sopro (Sal 143, 4). Jesus já dizia para aquele que achava que estava seguro para o futuro que o fato de se ter o celeiro cheio não é garantia de nada se à noite viessem pedir conta de sua vida, até o chamou de louco por pensar assim (Lc 12, 19s). De fato, o roqueiro está certo quando afirma que é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, por que se pararmos para pensar, na verdade nada nos garante que haverá. Repito: só temos o 'agora'. 

É justamente nisso que consiste o Retiro da Boa Morte, em nos "prepararmos" periodicamente para este momento com esta 'irmã' incompreendida e muitas vezes temida. O fio condutor desta experiência é o questionamento: eu estou preparado para morrer? O intuito desse retiro é, de maneira bem pragmática, como uma grande faxina, deixar tudo pronto para o momento de nosso encontro com Jesus na morte. E esse deixar tudo pronto alcança vários níveis.

6 de abril de 2011

Sentido e valor do jejum para o cristão nos dias de hoje

No site da minha paróquia (www.bomjesusdosmigrantes.com.br) existe uma seção chamada "O Padre responde". Partilho uma resposta muito esclarecedora e útil do nosso pároco Pe. Cláudio para esses dias de Quaresma.


Pe. Cláudio, tempo de Quaresma é tempo de Jejum. Qual o sentido e o valor do jejum para um cristão no dia de hoje?

Resposta: O antigo testamento nos apresenta Moisés jejuando antes de receber as tábuas da lei (ex.34,28), Elias fazendo o mesmo antes de encontrar o Senhor no monte Oreb (1º Reis 19, 8), os habitantes de Nínive que, sensíveis ao apelo de Jonas, proclamam um jejum (Jonas 3,9), e vários outros casos.
O evangelho nos lembra que “o Espírito conduziu Jesus ao deserto a fim de ser tentado pelo demônio. Jejuou durante 40 dias e quarenta noites” (Mt. 4, 1-2).
Estas simples citações nos lembram como a prática do jejum é profundamente bíblica e, portanto, um exercício útil ao crescimento espiritual do cristão. Mas o leitor deseja conhecer o sentido, o valor desta prática cristã. Vou lembrar três importantes elementos.

1. O próprio Jesus dá o sentido mais profundo, respondendo a Satanás, no final dos 40 dias: “Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mt. 4,4). O verdadeiro jejum finaliza-se, portanto, a comer o verdadeiro alimento que é fazer a vontade do Pai. Portanto se Adão desobedeceu ao mandamento do Senhor de não comer o fruto da árvore da ciência do bem e do mal, com o jejum, o fiel cristão deseja submeter-se humildemente a Deus, dispondo-se a ouvir e a por em prática a palavra de Deus.

2. Privar-se voluntariamente do prazer dos alimentos ajuda o discípulo de Cristo a controlar os apetites da natureza fragilizada pela culpa, cujos efeitos negativos atingem toda a personalidade humana. Quem é capaz de fazer uma renúncia no campo da alimentação, está treinando a própria personalidade a dizer não também às tentações do Maligno, e a fazer de si mesmo um dom total a Deus.

3. Jejuar voluntariamente ajuda-nos a cultivar o estilo do Bom Samaritano, que se inclina e socorre o irmão que sofre. Escolhendo livremente privar-nos de algo para ajudar os outros, mostramos concretamente que o próximo em dificuldade não nos é indiferente. Já as primeiras comunidades cristãs eram convidadas a dar aos pobres quanto, graças ao jejum, tinham poupado.