Este diálogo de amizade com Deus pode se manifestar de variadas formas, como nos são reveladas nas Escrituras. O Catecismo da Igreja Católica as elenca no artigo terceiro do capítulo 1 de sua supracitada quarta parte, que versa sobre a Oração Cristã. Aí são apresentadas a bênção, a adoração, a súplica, a intercessão, a ação de graças e o louvor, todas elas expressão da relação entre Deus e o homem, cada uma em sua especificidade. Entretanto, como recorda o papa Bento XVI, em sua encíclica Spe Salvi (2007, § 11) com as palavras de Santo Agostinho, no fim, a aspiração transcendente do homem e o objetivo último da oração é a busca da felicidade: “(…)no fundo, queremos uma só coisa, a vida bem-aventurada, a vida que é simplesmente vida, pura felicidade. No fim de contas, nada mais pedimos na oração. Só para ela caminhamos; só disto se trata.”
Contudo, impõe-se uma pergunta: se a oração é contato pessoal com o Outro Sagrado, na qual se dá um “reconhecimento humilde e devoto do Seu valor absoluto e de Sua santidade” (LANG apud MONDIN, 2009, p. 103); se se trata de um diálogo com o Deus-amigo, o Pai amoroso e misericordioso, pelo qual se tem admiração, afetos, submissão, dependência, etc., por que muitas vezes o homem se depara com tantas dificuldades em orar?
MONDIN, Batista. Introdução à filosofia: problemas, sistemas, autores, obras. 17. Ed. São Paulo: Paulus, 2009.
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