11 de maio de 2011

Estudo: Oração, encontro e diálogo divino-humano (Parte 6)


O aspecto social da oração

É este o outro aspecto decorrente da experiência da oração que não se pode prescindir de mencionar: a oração não se restringe apenas à relação entre Deus e o homem de modo particularista, mas abrange a comunidade, o outro, o próximo. No parágrafo 33, da Spe Salvi, o papa Bento XVI (2007) prossegue afirmando que “só tornando-nos filhos de Deus é que podemos estar com o nosso Pai comum. Orar não significa sair da história e retirar-se para o canto privado da própria felicidade. O modo correto de rezar é um processo de purificação interior que nos torna aptos para Deus e, precisamente desta forma, aptos também para os homens.”
Enfim, nesses tempos de ativismo e secularismo, é preciso se reafirmar a urgência de uma retomada da prática da oração pelo homem, a fim de que se possa ultrapassar os obstáculos do sentimento de impotência e inércia frente às incomensuráveis necessidades da humanidade, materiais e espirituais (BENTO XVI, 2005, §36-37) além das próprias divisões internas que o homem constata em si próprio, as quais promovem uma fragmentação interior e que se estendem para além do aspecto individual, até as coletividades, a saber: o seio das comunidades cristãs, os grupos da sociedade, os povos, chegando até os limites das nações (Texto- base do XVI Congresso Eucarístico Nacional, 2009, p. 10).

ARQUIDIOCESE de Brasília. XVI Congresso Eucarístico Nacional: Eucaristia, Pão da Unidade dos Discípulos Missionários. Brasília: CNBB, 2009.
BENTO XVI, Deus caritas est. 2005. Santa Sé. Disponível em http://migre.me/NUSn, acesso em 11/06/2010.
BENTO XVI, Spe Salvi. 2007. Santa Sé. Disponível em http://migre.me/NUVi, acesso em 11/06/2010.

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