(Trecho da pregação do
Advento de 2011, do Frei Raniero Cantalamessa.)
A jornada de Jesus era um
entrecruzar-se admirável de oração e pregação. Ele não rezava apenas antes de
pregar, mas rezava para saber o que pregar, para buscar na oração o que
anunciar ao mundo. “O que digo, é como o Pai o disse a mim” (Jo 12,50). Era
dali que surgia em Jesus a “autoridade” que tanto impressionava em seu falar.
O esforço por uma nova
evangelização está exposto a dois perigos. Um deles é a inércia, a preguiça, o
não fazer nada e deixar que os outros façam tudo.
E o outro é se lançar num
ativismo humano febril e vazio, com o resultado de perder pouco a pouco o
contato com a fonte da palavra e da sua eficácia.
Mas como ficar tranquilos
pregando enquanto tantas exigências reclamam a nossa presença? Como não correr
enquanto a casa está pegando fogo?
Imaginemos o que aconteceria com um corpo de
bombeiros que corresse para apagar um incêndio e, quando chegasse ao local,
percebesse que não trouxe nos reservatórios nenhuma gota d’água.
Somos nós,
quando corremos para pregar sem rezar.
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