NOSSA ATITUDE FACE AO CARISMA DA PROFECIA
·
A
Profecia deve ser desejada, pelo fato de que serve para edificar, exortar,
consolar o povo de Deus (1 Cor 14,1).
·
Deve
ser exercida de modo a edificar e não a oprimir ou amendontrar (1 Cor 14, 26).
·
Deve
ser considerada como sinal com o objetivo de crescimento da fé: (Línguas: edificação
pessoal > sinal para infiéis; Profecia: edificação da assembléia > sinal
para os fiéis, 1 Cor 14, 22-25)
·
Não
deve ser desprezada (1 Tess 5, 20).
·
Deve
ser exercida com fé (Rom 12, 6).
·
Deve
ser exercida com dignidade e ordem, e com um critério de julgamento sobre a
mesma, pois Deus não é Deus de confusão, mas de paz (1 Cor 14, 29.33.40).
·
Visa
o aperfeiçoamento do indivíduo ou comunidade (Ef 4, 11-12).
· Deve-se
dar o crédito devido: Assim demos ainda maior crédito à palavra dos profetas, à qual fazeis
bem em atender, como a uma lâmpada que brilha em um lugar tenebroso até que
desponte o dia e a estrela da manhã se levante em vossos corações (II São
Pedro 1,19).
·
Deve
ser levada a sério e obedecida: Pe. Jonas diz que por ela o Senhor nos fala e
pode mudar o rumo das coisas, o ruma da própria Igreja e é assim que a Igreja,
que somos nós, se mantém em ação. (Aspirais aos dons espirituais, Ed, Canção
Nova, pg. 87). Ex.: Beata Helena Guerra, irmã do séc. XIX, tendo vivenciado
inúmeras graças místicas particulares, numa vida de
serviço a causa do Evangelho por meio de trabalhos com a juventude na Itália,
por volta do ano 1886, sente o primeiro apelo interior a trabalhar de alguma
forma para divulgar a Devoção ao Espírito Santo na Igreja. Para isto, escreve
secretamente muitas vezes ao Papa Leão XIII para exortá-lo a convidar “os
cristãos modernos” a redescobrirem a vida segundo o Espírito; no que foi
sutilmente atendida.
A “Divinum Illud Munus” em 1897, foi a primeira Encíclica
dedicada ao Espírito Santo na história da Igreja, escrita por Leão XIII e é
considerada a responsável pelo início do “retorno ao Espírito Santo” dos tempos
atuais. Realizando junto com as suas Irmãs Oblatas do Espírito Santo encontros
denominados “Cenáculos Universais”, (que muito se assemelham aos nossos atuais
grupos de oração da RCC) trabalhou incansavelmente pela divulgação da
importância da ação do Espírito Santo na vida do cristão moderno. Foi ela, que profetizou sobre a Igreja e o mundo um
novo Pentecostes através do retorno ao Cenáculo e a redescoberta do Espírito
Santo. Elena foi a primeira a ser elevada em 1959 à honra dos altares pelo
também Beato João XXIII, que após quatro anos faria a Igreja retornar ao
Cenáculo com a novena de Pentecostes em preparação ao Concílio Vaticano II. E foi
esse mesmo João XXIII quem convidou a todos os fiéis invocar “a mística vinda
do divino Paráclito que desce para renovar na Igreja os prodígios como em um
novo Pentecostes”. Esta graça do novo Pentecostes pode ser considerada o motivo
da própria vida e missão de Elena Guerra. Nela está todo o seu carisma profético e a ordem que o
Espírito Santo lhe deu para os cristãos de nosso tempo. É ainda nesse contexto profético que se costuma citar uma
oração, proferida no início do Concílio Vaticano II e que inevitavelmente vem à
mente de muitos daqueles que têm refletido sobre a explosão da RCC, ocorrida em
1967. Muitos vêem a citada oração como uma mensagem
profética de Deus, proclamada pela boca de seu servo o então Papa João
XXIII, e que se constitui um sinal poderoso da revelação de Sua Santa Vontade a
respeito do futuro da Igreja, no que se refere à vivência de um novo
Pentecostes. Ao abrir o Concilio Vaticano II, em 1963 ele rezou: “Repita-se no povo
cristão o espetáculo dos Apóstolos reunidos em Jerusalém, depois da ascensão de
Jesus ao céu, quando a Igreja nascente se encontrou reunida em comunhão de
pensamento e de oração com Pedro e em torno de Pedro, pastor dos cordeiros e
das ovelhas. Digne-se o Divino Espírito escutar da forma mais consoladora a
oração que sobe a Ele de todas as partes da terra. Que Ele renove em nosso
tempo os prodígios como de um novo Pentecostes, e conceda que a Santa Igreja, permanecendo
unânime na oração, com Maria, a Mãe de Jesus, e sob a direção de Pedro, dilate
o Reino do Divino Salvador, Reino de Verdade e Justiça, Reino de amor e de
paz”. De fato, o Papa João XXIII é considerado por muitos um profeta poderoso
dos nossos tempos, e também um precursor da RCC.
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