28 de abril de 2015

Poderosa Oração Pela Cura do Câncer


Por Doddie Osteen (curada de câncer terminal em 1981)

Ó Deus, nosso Pai, a Vossa Palavra diz que Vós sois um socorro bem presente na hora da necessidade. Eu venho a Vós, em nome desta pessoa que está sofrendo de câncer. Pai, peço-Vos, em nome de Jesus Cristo de Nazaré, que as toque e cure-as. Distância não é um problema para Vós, Senhor Deus. Enquanto eu oro, Vós estais com ela, tão perto quanto sua própria respiração. Então, eu estou pedindo para Vós tocar-lhes o corpo e curá-las.
Agora você, enganosa doença chamada câncer, eu falo com você. Vá embora deste corpo, em nome de Jesus Cristo. Eu ordeno, células cancerosas: murchem e morram nas raízes, em nome de Jesus! Satanás, eu desligo o seu poder na vida desta pessoa e eu permito a cura chegar a eles, agora, em nome de Jesus!
Pai, eu peço para que Vós substituais com novas células aquelas que foram atingidas pelo câncer. Deus, Vós podeis fazer isso, porque o que é impossível para o homem é possível para Vós. Vós sois um Deus que se importa, e nós acreditamos que vais agir só porque nós pedimos. Vós nos amais muito!
Pai, eu clamo Vosso poder, força e integridade para vir ao corpo dessa pessoa no dia de hoje.  Obrigado, Senhor, por fazê-lo! Obrigado Jesus! Que possamos ouvir boas noticias das pessoas que foram curadas, porque eles mantiveram firme a sua confissão de fé, sem vacilar, porque Vós sois fiel ao prometido!
Obrigado Pai, em nome de Jesus, Amém. 

24 de abril de 2015

Oração à Maria, Mãe de Deus, por um ente querido que está doente



Maria, cheia de graça, Mãe espiritual dos necessitados, eu fervorosamente peço Vossa intercessão celestial para (fale o nome da pessoa) que está enfermo e procura a assistência milagrosa de Deus.

Tu que velas pelos doentes e lhes oferece apoio compassivo em poderosos atos de cura, permanecei ao lado de (fale o nome da pessoa) com a Vossa maternal proteção. Consolai nossos corações ansiosos e permiti-nos que o nosso sofrimento físico e emocional seja uma fonte de purificação e crescimento para a vida eterna.
Amém. 

Permanecer no Senhor Jesus


Reunimo-nos semanalmente neste grupo de oração com um único objetivo: ANUNCIAR JESUS. Esse Jesus que na plenitude dos tempos veio ao mundo para nos libertar da escravidão do pecado e da morte e nos dar uma vida nova, voltada não para as coisas perecíveis e acontecimentos passageiros da existência, mas para as realidades eternas. Esse Jesus que é o mesmo ontem, hoje e sempre, que cura, que liberta, que consola, mas principalmente que NOS SALVA.
Ouvi recentemente uma frase do missionário da Canção Nova Marcio Mendes que tocou profundamente meu coração. Ele dizia: “Você veio aqui buscando cura, libertação, prodígios e milagres, mas eu quero te dizer que você vai voltar daqui levando SALVAÇÃO”! Meu Deus! Como a convicção com que foram ditas essas palavras me tocaram! E eu quero dizer isso a você também: “Não importa o que você pensa que te trouxe a esse grupo de oração hoje! Pode ter sido uma doença, um casamento em crise, dívidas, decepções, tribulações... E muitas vezes o GO é mesmo como que um ‘pronto-socorro espiritual’, mas eu tenho certeza de que tudo isso foram ‘iscas’ que o Senhor usou para te atrair com um propósito: ter um encontro pessoal contigo por meio da efusão do Espírito Santo! Amém?!”
Abra sua Bíblia no eEvangelho de João, capítulo 15, versículos de 1 a 7:
“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não der fruto em mim, ele o cortará; e podará todo o que der fruto, para que produza mais fruto. Vós já estais puros pela palavra que vos tenho anunciado. Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Assim também vós: não podeis tampouco dar fruto, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não permanecer em mim será lançado fora, como o ramo. Ele secará e hão de ajuntá-lo e lançá-lo ao fogo, e queimar-se-á. Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis tudo o que quiserdes e vos será feito.”
Queridos irmãos, sabemos que quando dois ou mais estão reunidos em nome de Jesus, Ele se faz presente no meio deles (Mt 18, 20). Que Jesus está no meio de nós é fato, podemos ter a certeza disso! Ele permanece no meio de nós conforme tinha prometido: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo!” (Mt 28, 20) Ele está aqui, está conosco, permanece com cada um de nós e com a Igreja, sua esposa. Mas e nós? Temos permanecido com o Senhor?
Pelo sacramento do Batismo fomos enxertados nessa videira que é o Senhor e somos verdadeiramente seus ramos. Você já viu um enxerto? Sabe como é feito? Corta-se um pedaço da planta, pega-se o raminho a ser enxertado e amarra-se na planta com um barbante, uma cordinha ou fita. Jesus é essa planta e nós fomos enxertados nele, sem Ele, nada podemos fazer! Sem Ele não temos vida!
Lembro-me de uma partilha que ouvi de um rapaz que tinha visto em seu momento de oração um galhinho de planta e nesse galho tinha uma folhinha que, embora estivesse lá no galho, era a única que estava amarronzada e seca. Ele se aproximou para tentar entender e viu que aquela folhinha não estava unida ao galho, mas estava só perto dele, presa por meio de teias de aranha. Às vezes estamos perto do Senhor, mas não ligados a Ele, não permanecendo Nele. E o resultado disso? Secaremos e morreremos. Renegaremos a Salvação conquistada por Jesus por um altíssimo preço. Perderemos a vida eterna, seremos lançados fora no fogo. Isso é muito sério.
Pois sem permanecer em Jesus, nada poderemos fazer, não teremos vida em nós! É de Jesus que nos vem a vida! Sem a seiva da árvore, o ramo morre. Essa seiva são os sacramentos (Confissão, Unção, Eucaristia, etc) e a experiência da Efusão do Espírito Santo que nos dá a vida da graça, que suporta nossa existência. E esse barbante que nos prende, nós enxertos, à videira Jesus, é a comunidade. Sem esse barbante, como é difícil permanecer enxertado!! Ligados em Jesus! Por mais que busquemos sozinhos, é muito difícil...
Eu morei por quase um ano em Portugal e por diversos motivos, não consegui me inserir em nenhum trabalho pastoral por lá. Continuava buscando o Senhor nas Missas, na minha oração pessoal, mas como a falta da vivência em comunidade foi me murchando, me secando, me desanimando! Como é bom fazer um trabalho pastoral! Como é bom pertencer a uma comunidade, como isso alimenta nossa espiritualidade, a nossa fé!
Precisamos permanecer em Jesus! É esta a prova da nossa conversão: não em vivermos grandes momentos de emoções, de sensibilidade pela presença do Espírito Santo, mas em permanecermos Nele. Por isso alguns pregadores preferem usar a expressão “o início da minha conversão” posto que é algo que se vive progressivamente. Não é uma experiência de um dia, mas de toda uma vida em permanência insistente e perseverante no Senhor que nos dá a vida e salvação. A VERDADEIRA CONVERSÃO É PERMANECER NO SENHOR JESUS!
Conversão não é não pecar nunca mais! Disso não seremos capazes nessa terra. São João afirma que aquele que acha que não tem pecado se ilude e é mentiroso (1 Jo 1, 8), mas se trata antes de lutar para não cair, se trata de PERMANECER no Senhor, se arrependendo sempre, buscando a confissão com o firme propósito de não cair mais naquela tentação. Na oração do Pai Nosso, Jesus não nos ensinou a pedir “Pai, que não haja tentações na minha vida”, mas sim para que nós não caíssemos em tentação. Há uma luta dentro de nós entre o espírito e a carne e por causa disso não fazemos o bem que queremos mas sim o mal que não queremos (Rm 7, 19). Mesmo pecadores e fracos, não podemos desanimar e conscientemente fazer tudo ao nosso alcance para permanecermos no Senhor! O Papa Francisco diz que Deus nunca se cansa de nos perdoar, nós é que cansamos de pedir perdão. Devemos sempre nos arrepender, reconhecer nossos pecados na certeza de que “Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda iniquidade” (1 Jo 1, 9).
E tendo essa consciência, nada, NADA vai nos impedir de permanecer no Senhor. Assim como os apóstolos nos primeiros anos da Igreja, devemos lutar até o sangue, se for preciso, para permanecer no Senhor Jesus, pois é a nossa única opção de vida e salvação! Quanto sofreram os apóstolos! Tantas pedradas, açoites, calúnias, prisões, mortes violentas sofreram por amor a Jesus! Para permanecerem em Jesus! Nada impediu que eles permanecessem no Senhor! ELES PERMANECERAM NO SENHOR, não por causa dos prodígios e milagres que viam o Senhor realizar por meio deles, mas por causa DO SENHOR! Em Atos 8, 14 e seguintes vemos a história de Simão, o mago da Samaria que, maravilhado pelo poder do Espírito de Deus, manifestado através dos apóstolos, ofereceu dinheiro a eles em troca de receber esse poder. Mas Pedro e João, como permaneciam NO SENHOR, recusaram e denunciaram tamanho equívoco! Não havia dinheiro nesse mundo que valesse a pena perder a permanência em Jesus! E não há mesmo!
Nada vale a pena mais do que permanecer no Senhor! N-A-D-A!!! Nenhum dinheiro, nenhum prazer passageiro, nenhum projeto pessoal que custe a nossa permanência, a nossa união com Jesus vale a pena! Quando temos um encontro com o Senhor Jesus, quando fazemos a experiência do Batismo no Espírito Santo, passamos a ter a noção de que não nos pertencemos mais, SOMOS DELE! “Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? Porque fostes comprados por um grande preço” (1 Cor 6, 19-20a). Somos Dele e nada pode nos separar mais.
“Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A espada? estou persuadido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem as alturas, nem os abismos, nem outra qualquer criatura nos poderá apartar do amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 8, 35.38-39).

Deus, em Jesus Cristo, jamais nos deixará, seu amor JAMAIS nos abandonará! Precisamos também nós, livremente, POR AMOR, fazer a nossa parte para permanecermos Nele. Como o Pai me ama, assim também eu vos amo. Perseverai no meu amor (Jo 15, 9). Só com as nossas forças humanas seria impossível, mas com Ele tudo é possível. Sem Ele, nada posso fazer, mas com Ele, eu posso! Tudo posso Naquele que me fortalece! 

22 de abril de 2015

A ESPIRITUALIDADE MISSIONÁRIA



A atividade missionária exige uma espiritualidade específica, que diz respeito de modo particular, a quantos Deus chamou a serem missionários.

Deixar-se conduzir pelo Espírito

Tal espiritualidade exprime-se, antes de mais, no viver em plena docilidade ao Espírito, e em deixar-se plasmar interiormente por Ele, para se tornar cada vez mais semelhante a Cristo. Não se pode testemunhar Cristo sem espelhar a Sua imagem, que é gravada em nós por obra e graça do Espírito. A docilidade ao Espírito permitirá acolher os dons da fortaleza e do discernimento, que são traços essenciais da espiritualidade missionária.

Paradigmático é o caso dos Apóstolos, que durante a vida pública do Mestre, apesar do seu amor por Ele e da generosidade da resposta ao Seu chamamento, se mostram incapazes de compreender as Suas palavras, e renitentes em segui-Lo pelo caminho do sofrimento e da humilhação. O Espírito transformá-los-á em testemunhas corajosas de Cristo e anunciadores esclarecidos da Sua Palavra: será o Espírito que os conduzirá pelos caminhos árduos e novos da missão.


Hoje a missão continua a ser difícil e complexa, como no passado, e requer igualmente a coragem e a luz do Espírito: vivemos tantas vezes o drama da primitiva comunidade cristã, que via forças descrentes e hostis “coligarem-se contra o Senhor e contra o seu Cristo” (At 4, 26). Como então, hoje é necessário rezar para que Deus nos conceda o entusiasmo para proclamar o Evangelho. Temos de perscrutar os caminhos misteriosos do Espírito e, por Ele, nos deixarmos conduzir para a verdade total (cf. Jo 16, 13).

Fonte: Carta Encíclica Redemptoris Missio, de São João Paulo II, § 87. 

20 de abril de 2015

Desculpa tomar seu tempo, mas precisava te falar!

O Papa Bento XVI um dia se desculpou numa entrevista em que os organizadores tinham destinado a ele tão pouco tempo para falar naquela ocasião que ele iria optar por falar das coisas "que são" em detrimento das coisas "que não são". Então já inicio esse texto me desculpando:



Precisava te falar sobre o bem, sobre fé, sobre o que realmente importa! Optemos sempre por falar das coisas "que são": verdade, vida, caminho, amor, Jesus, Jesus, Jesus!... Seja num vídeo, seja num twitter, seja no face ou no blog. Seja na escola, na balada, no esporte/academia, no supermercado, no almoço da família...

São Paulo afirmava aos Coríntios: Eu cri, por isto falei (2 Cor 4, 13). Nós cremos? Jesus faz parte da nossa vida? Nós acreditamos, concordamos com o que Ele propõe nos Evangelhos? Nós temos fé de que Ele não está morto mas vive e voltará? Temos confiança de que Ele nos ama, cuida de nós e quer que todos se salvem? Nossa vida está permeada do Evangelho? Então devemos falar, oportuna e inoportunamente (2 Tim 4, 2), sempre com educação e paciência, simplesmente por que isso faz parte de nossa vida, por que isso é essencial para nós.

Muitas vezes, por respeito humano nos calamos, nos omitimos ou até disfarçamos nossas convicções traindo a nós mesmos e também Aquele que cremos. O livro do Eclesiástico nos traz muitos versículos preciosos sobre esse tema, dos quais destaco os seguintes:

“Meu filho, aproveita-te do tempo, evita o mal; para o bem de tua alma, não te envergonhes de dizer a verdade, pois há uma vergonha que conduz ao pecado, e uma vergonha que atrai glória e graça. Em teu próprio prejuízo não te mostres parcial, não mintas em prejuízo de tua alma. Não tenhas complacência com as fragilidade do próximo, não retenhas uma palavra que pode ser salutar, não escondas tua sabedoria pela tua vaidade. Pois a sabedoria faz-se distinguir pela língua; o bom senso, o saber e a doutrina, pela palavra do sábio; e a firmeza, pelos atos de justiça. Não contradigas de nenhum modo a verdade.” (Eclo 4, 23-30)

Precisamos assumir que, pelo Batismo, temos o dever de anunciar e denunciar. Não é fácil ser profeta, mas se não falarmos as pedras hão de falar! (Lc 19, 49). Sabemos que o mundo e os que são do mundo não vão gostar, mas felizmente temos liberdade religiosa e de expressão em nosso país e temos que aproveitar! As trevas nos odiarão por falarmos de luz, mas não podemos calar. Uma amiga uma vez me disse e disso eu nunca me esqueci: “o mundo não vai calar o pecado, não vai calar a violência, não vai calar a promiscuidade... e nós é que temos que silenciar?” De jeito nenhum. Me desculpa, mas eu precisava te falar de fé!

Não podemos calar e temos que nos preparar para as consequências desse falar. O discípulo não é maior o que o Senhor e se perseguiram Jesus, se o hostilizaram, se o recriminaram, prenderam e mataram, precisamos saber o que nos espera. “Se fôsseis do mundo, o mundo vos amaria como sendo seus. Como, porém, não sois do mundo, mas do mundo vos escolhi, por isso o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que vos disse: O servo não é maior do que o seu senhor. Se me perseguiram, também vos hão de perseguir” (João 15, 19-20). “Sereis entregues aos tormentos, matar-vos-ão e sereis por minha causa objeto de ódio para todas as nações. Muitos sucumbirão, trair-se-ão mutuamente e mutuamente se odiarão. Levantar-se-ão muitos falsos profetas e seduzirão a muitos. E, ante o progresso crescente da iniqüidade, a caridade de muitos esfriará. Entretanto, aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mt 24, 9-13). Seremos considerados chatos, inconvenientes, caretas, carolas, fanáticos, fundamentalistas, mas precisamos falar, precisamos anunciar, precisamos postar, comentar, precisamos denunciar e anunciar! Me desculpa, mas precisava te falar do que meu coração transborda (Mt 12, 34)!

No livro do profeta Jeremias, capítulo 20, versículo 7, há uma poesia que, descontextualizada, parece apenas uma grande declaração de amor ao Senhor: “Seduziste-me, Senhor; e eu me deixei seduzir! Dominastes-me e obtiveste triunfo.” Que lindo! A relação tão íntima do profeta com Deus! Mas se contextualizarmos esses versículos, perceberemos que se trata antes de um lamento, de uma queixa cheia de dor do profeta. Nos versículos seguintes, ele continua: “Cada vez que falo é para proclamar a aproximação da violência e devastação. E dia a dia a palavra do Senhor converte-se para mim em insultos e escárnios. E, a mim mesmo, eu disse: Não mais o mencionarei e nem falarei em seu nome.” (Jr 20, 8-9a)

Muitas vezes exercer o múnus de profeta é desgastante. Nadar contra a corrente pode ser desanimador. Se lermos a história de Jeremias, por exemplo, vemos que seu próprio povo, seus consanguíneos, seus amigos se irritaram com ele, o insultaram, o prenderam, açoitaram, jogaram-no numa cisterna e ele sofreu muito, inclusive prefigurando Jesus. Muitas vezes eu e você nos vemos nessa situação de sermos excluídos em nossa própria família, sermos insultados na vizinhança, zombados entre os amigos, perseguidos no trabalho. Gradativamente sofremos o martírio! O martírio da ridicularização de que tanto falava Bento XVI. E, para alguns irmãos, até mesmo o martírio vermelho mais cruel e violento como temos acompanhado na África e Oriente Médio.

Mesmo assim, vou insistir: Desculpa, precisava te falar de Deus! Que outra opção tenho? Que outra opção temos a não ser insistir nesse “assunto”? Pois conhecemos a Verdade! Conhecemos o Caminho! Conhecemos a Vida! Conhecemos a Luz! Nós vimos o Senhor! Somos suas testemunhas! Sabemos que Ele é poder, que Ele é misericórdia, que Ele é a única salvação! O Senhor vive em nós, queima em nós, nos movimenta, nos incomoda, nos inspira, nos exorta: como não falar? E o profeta Jeremias expressa isso muito bem: “Mas em meu seio havia um fogo devorador que se me encerrara nos ossos. Esgotei-me em refreá-lo, e não o consegui.” (Jr 20, 9b)

Por isso, meu irmão e minha irmã, eu te incito: FALA. Aproveite as oportunidades que Deus te dá e FALA. Aproveite os tempos e espaços que te são concedidos e leve o Evangelho, leve a Palavra de Deus. Se for o whatsapp, aproveite. Se for o twitter, então tuíte Deus mais que todo o resto! Se for a fila da padaria, na viagem de ônibus, no post do facebook, com o microfone do seu grupo de oração, no terço em família... FALA! ANUNCIA! Fale de Jesus, fale da Bíblia, fale da fé que você vive!

Obviamente é condição sine qua non para o anúncio a busca sincera em viver a Palavra, a intimidade com a Sagrada Escritura, a vida de oração pessoal, o serviço na comunidade, o testemunho de vida! O Santo Papa Francisco tuitou recentemente: “Podemos levar o Evangelho aos outros, se ele permear profundamente a nossa vida.” Se sua caminhada é instável, pelo amor de Deus: se cale. Procure primeiro viver antes de querer falar qualquer coisa. Como afirma o mainstream e com toda razão “as palavras convencem mas o testemunho arrasta”. São Francisco dizia: “Pregue sempre o Evangelho, e quando for necessário, use palavras.” Com que moral pretendemos ser profetas, alardeando os ciscos nos olhos dos outros e ignorando as traves dos nossos? (Mt 7, 5) 

Não se trata de sermos perfeitos, disso não seremos capazes nessa terra. São João afirma que aquele que acha que não tem pecado se ilude e é mentiroso (1 Jo 1, 8), mas se trata antes de lutar para não cair. Na oração do Pai Nosso, Jesus não nos ensinou a pedir “Pai, que não haja tentações na minha vida”, mas sim para que nós não caíssemos em tentação. Há uma luta dentro de nós entre o espírito e a carne e por causa disso não fazemos o bem que queremos mas sim o mal que não queremos (Rm 7, 19). Mesmo pecadores, devemos lutar para sermos dignos de anunciar a Palavra! Devemos desejar e buscar sermos perfeitos como o Pai Celeste é perfeito (Mt 5, 48). Devemos sempre nos arrepender, reconhecer nossos pecados na certeza de que “Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda iniquidade” (1 Jo 1, 9). Sim, eu sei, sou cheia de defeitos, luto muito contra minhas más tendências e caio frequentemente, mas desculpa: eu vou te falar de Céu, vou de falar de conversão, vou te falar de PHN (por hoje não vou pecar)!

Nossa fraqueza não pode ser desculpa para que nos omitamos da nossa obrigação de falar, de denunciar as obras das trevas e anunciar a bondade de Deus. As pessoas necessitam da Palavra! É como diz a música: “Tantas vidas a salvar, se não for por mim, por quem será?”! Precisamos sim, fazer de tudo para que sejamos “irrepreensíveis e inocentes, filhos de Deus íntegros no meio de uma sociedade depravada e maliciosa, onde devemos brilhar como luzeiros no mundo, a ostentar a Palavra da vida” (Fl 2, 15-16), tendo consciência da nossa miséria e confiando que Deus age em nossa fraqueza em favor de seus filhos dispersos e perdidos. Mas “como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão falar, se não houver quem pregue” (Rm 10, 14)? É preciso superar a timidez, o medo, as falsas humildades e assumir com coragem o anúncio daquilo que cremos e falar, escrever, teclar.

Pago um preço alto por ser fiel aos meus princípios e não me omitir. Dói a rejeição e a hostilidade, mas durmo em paz à noite. Eu sinto muitas vezes o temor de polemizar, de desagradar, mas tento fazer um filtro (pensando em utilidade e conveniência) e mesmo temendo ofender quem eu amo para ser autêntica e coerente, falo assim mesmo muitas coisas. Eu amo muitas pessoas das quais discordo e entendo que elas também tem o direito de discordar de mim e de manifestar essa discordância como quiserem, seja cara a cara, seja virtualmente. Não me ofendo e apenas espero reciprocidade... Vou pedindo desculpas, vou pedindo licença e vou falando, agradando ou desagradando, não posso me calar: ...“precisava te falar uma coisa!”...

Analiso constantemente minha conduta, meu testemunho e realmente me vejo em meio a grandes dilemas encarando minhas misérias e o quanto ainda sou indigna da Palavra que muitas vezes me vejo a anunciar, mas simplesmente não posso me calar e nem desistir, pois dentro de mim existe aquele fogo devorador de que “reclamava” Jeremias, vivo, incômodo que não me deixa em paz! Existe no meu coração uma Voz que não se cala e que me provoca quando vejo mentiras, injustiças, leviandades. Existe na minha mente uma Luz que não se conforma em assistir pessoas se destruindo no pecado, se desviando do Caminho que as fará verdadeiramente felizes e indo em direção às trevas.

E no mais, é nosso dever e salvação dá glórias e Deus e ser mensageiro de Sua Vontade e não das minhas fugazes opiniões: “Anunciar o Evangelho não é glória para mim; é uma obrigação que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho! Se o fizesse de minha iniciativa, mereceria recompensa. Se o faço independentemente de minha vontade, é uma missão que me foi imposta (1 Cor 9, 16-17).

As coisas que vivi com o Senhor me “obrigam” a anunciá-Lo. É uma obrigação de amor, de gratidão, de consideração. Como não anunciar depois de tudo o que vivemos juntos, depois de tudo o que Ele já fez em minha vida e na vida de minha família? Como não anunciar a Palavra depois de tudo o que já vi o Senhor realizar no meio do seu povo? Então eu falo, me desculpa, mas eu vou falar. Perdoem-me os ouvintes, leitores, pessoas que convivem comigo. Preciso viver minha fé, e preciso falar de Deus. Eu O amo! Eu sou Dele e Ele é meu. Preciso falar e falarei. 

15 de abril de 2015

Terço da Libertação


Na oração do Terço da Libertação, clamamos como o cego de Jericó (Lc 18, 35-43) para que o Senhor tenha piedade de cada um de nós e daqueles por quem intercedemos.

Clamamos como o leproso (Mc 1, 40-42) afirmado nossa fé de que Ele tem o poder de nos curar e que por isso cremos e pedimos.

Clamamos como os discípulos em meio às tempestades de nossas vidas: "Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo!" (Mt 8, 25)

Clamamos que nos liberte pois cremos que Ele é Aquele que veio por em liberdade os cativos (Lc 4, 18).

E para os que não compreendem essa maneira de oração, explicamos que não se trata de vãs repetições posto que são repetições amorosas, cheias de fé e de insistência, obedecendo a Palavra que nos ensina orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo (Lc 18, 1); orar sem cessar (1 Tes 5, 17).
O Livro Terço da Libertação de Regis e Maïsa Castro é recorde de vendas pela Ed. Raboni e contém inúmeros testemunhos maravilhosos de graças alcançadas por meio dessa prática devocional.



Passo a Passo do Terço da Libertação

1º Passo - Creio em Deus Pai

2º Passo - Nas contas maiores, onde geralmente é o Pai Nosso:

Se Jesus me libertar, serei verdadeiramente livre!

(Ou “Se Jesus nos libertar, nós seremos verdadeiramente livres!” e ainda “Se a oração for para outra pessoa diga: “Se Jesus libertar "nome da pessoa", ele/ela será verdadeiramente livre!”).

3º Passo - Nas contas menores, onde geralmente é a Ave Maria:

Jesus tem piedade de mim! Jesus cura-me! Jesus salva-me! Jesus liberta-me!

(Ou “Jesus tem piedade de nós! Jesus cura-nos! Jesus salva-nos! Jesus liberta-nos!” E ainda se a oração for para outra pessoa diga o nome dela “Jesus tende piedade de "nome da pessoa"!, etc).

4º Passo - Finalize o terço com a oração Salve, Rainha.

7 de abril de 2015

Semana Santa com as Crianças


Aqui em casa tentamos catequizar as crianças para o Ano Litúrgico vivendo-o no dia-a-dia. Eles já sabem quando estamos no Advento pois enfeitamos a casa com luzes, presépio, a Coroa do Advento, anjos e a Árvore de Natal e mais importante do que isso, por que os levamos todo final de semana às Missas. Eles percebem que está perto do Natal por causa da novena que fazemos especialmente adaptada a eles.

Sabem que está começando a Quaresma pois vamos sempre todos juntos à Missa de Quarta-feira de Cinzas. Eles são crianças, mas já sabem que vamos fazer juntos algum gesto concreto na Quaresma, que vamos rezar a Via Sacra nas sextas-feiras, que vamos participar de mais Missas nesse período e que vamos rezar mais terços, e ler mais a Bíblia, etc. Ficam atentos para aprender e costumam gostar das músicas da Campanha da Fraternidade! Eles sabem que a Semana Santa está chegando pois vamos sempre na Missa de Domingo de Ramos, participando da procissão, de preferência.

E enquanto nós mesmos, os pais, vamos vivendo a ciclicidade dos Tempos Litúrgicos e das festas religiosas, vamos comentando, explicando, passando um filme, um vídeo, lendo um livro, fazendo uma ou outra atividade de artes ou devoção relacionada à época em questão. Ora, o que é fundamental para os pais é passado espontaneamente para os filhos. Não são só valores teóricos, crianças não absorvem nem assimilam discursos, e sim hábitos e comportamentos reais. 

Ultimamente os mais velhos tem podido também se aprofundar na catequese paroquial, na evangelização infantil no Ministério para as Crianças no Grupo de Oração, ajudando no serviço da Liturgia (fazendo leituras, preces, segurando a cestinha no ofertório, entregando os folhetos da Missa e, eventualmente, ajudando no altar como coroinha), participando conosco em retiros, encontros e formações.

Assim, quando chega a Semana Maior da nossa fé, eles já estão “no clima” da vivência. Fazemos de tudo para não viajarmos nesse período mas mesmo quando viajamos, vivemos integralmente as celebrações onde quer que estejamos.

São pequenas coisas, detalhes sutis que evidenciam a diferença do tempo que estamos vivendo. Ovo de Páscoa e coelhos? Passam longe daqui de casa. Nada contra, nem a favor, muito pelo contrário: indiferença. Estamos normalmente muito ocupados com a vivência da riqueza que é a nossa fé para perder tempo com tradições comerciais que pouco agregam nesse quesito.

Na Quinta-feira Santa, na medida do possível, já colocamos mais músicas religiosas ao invés de outras, rádios católicas, TVs católicas ao invés dos programas habituais (mesmo os infantis). Fazemos sempre um esforço para levá-los todos à Missa do Lava Pés e após ela, já iniciamos a custosa tarefa de silenciarmos mais a casa.

Na Sexta-Feira Santa, tentamos levá-los (pelo menos os mais velhos) para a meditação da Via Sacra com a comunidade. Esse ano participamos da encenação do Grupo da nossa comunidade sempre explicando todas as dúvidas e perguntas que surgiam, em clima de oração e com muita piedade. Impressionante o efeito do teatro nas crianças! O visual tem muito impacto nelas e eu me comovi com a emoção que foi brotando delas com o passar das estações.

A TV, o rádio e a internet são desligados. Não tem passeios, não tem lazer, não tem sobremesa, não tem carne e nem pratos elaborados com fartura de peixes e frutos do mar. O cardápio quase sempre é o clássico e bom arroz-feijão-e-ovo, no máximo uma salada ou sardinha. Sim, meus filhos fazem jejum e mortificações, e por que não? E não há tantas crianças que o fazem cotidianamente em sua pobreza? Sempre mencionamos e rezamos por tantas crianças que vivem assim sem confortos ou luxos diariamente, oramos por elas e ajudamos concretamente sempre que possível e os estimulamos a serem agradecidos por tudo o que tem.

Vamos sempre todos juntos à Celebração da Paixão, nos recolhemos, assistimos a um filme da história de Jesus e insistimos nos motivos de todas essas nossas práticas. Tentamos ao máximo responder as dúvidas deles (e como eles tem perguntas!). Rezamos o Terço, vamos dormir cedo, muita calma, muito silêncio... realmente tenho a impressão que o Espírito Santo desce sobre nossa casa, normalmente tão ruidosa e festiva e tudo fica sereno. Ou melhor, não tenho impressão: eu creio nisso!

Sábado continuamos em clima de oração. Já ligamos a TV, rádio, internet mas em coisas religiosas. Evitamos atividades que possam nos fazer sair do clima de oração ao máximo e participamos juntos da Vigília Pascal. É verdade que é uma Missa longuíssima e super difícil para participar com crianças, mas mesmo assim, participamos sempre juntos. Eu e meu marido amamos muito a Vigília Pascal e sempre falamos com empolgação sobre ela, buscamos assim motivá-los a perceberem como tudo nela é lindo. Conforme vamos vivendo a Celebração, vamos explicando e mostrando para eles os detalhes da fogueira, do Círio Pascal, a beleza da Igreja iluminada pelas velas, o “Super Glória” e o “Super Aleluia”, o altar sendo enfeitado, as músicas, os sinos... A família que se encontra na Igreja (avós, tios, primos), os amigos, os irmãos de comunidade... Com muito diálogo, paciência, sempre dá certo e eles voltam pra casa cantando o glória ou o aleluia ou algum refrão dos muitos salmos que eles mais tenham gostado.

Domingo de Páscoa nunca foi um dia em que nos preocupássemos com chocolate ou falsas pegadas de coelho espalhadas pela casa. Também não é um dia para passarmos a manhã toda na cozinha preparando banquetes. Nos reunimos e fazemos um almoço de domingo com a família sim, mas tudo simples, sem muito estresse. Meus filhos comem ovos de páscoa? Sim, eles normalmente ganham de presente de amigos e familiares sempre com a melhor das intenções e aos quais agradecemos sempre tanto carinho, mas jamais isso será o foco para nós assim como os presentes debaixo da árvore não são e nunca serão o foco dos nossos Natais.

Nosso centro é Jesus, nosso foco é a Fé, nosso destaque é a vida religiosa na comunidade da Igreja! Para os pais passarem isso para os filhos precisam antes crer e viver. Felizmente tenho um marido que crê e vive essas Verdades Eternas comigo e sempre que é preciso, um anima e conduz o outro nessa caminhada. Não é algo de fora pra dentro, mas de dentro pra fora. Ou melhor, é algo de cima para dentro, de Deus com Sua graça para nossos corações! É apenas um continuar do que vivemos em nosso cotidiano, mas nesses momentos fortes da nossa fé católica, com mais intensidade, atenção, consciência, piedade, ainda mais amor. Assim as crianças são contagiadas: aprendem pelo exemplo, se habituam a valorizar o sagrado posto que é simplesmente a vida que se vive corriqueiramente, ano após ano, e ainda assim, de maneira sempre nova.