Significado
e uso da Coroa de Advento
Consiste
numa coroa feita com ramos verdes e flores, na qual se inserem 4 velas, que
significam as 4 semanas de preparação para o Natal, ou seja, o Advento.
Trata-se
de um suporte, normalmente redondo, com um aro de arame ou madeira, revestido
de ramos vegetais ou de musgo: ou seja, uma coroa entrançada com uma verdura
que se conserva, como os fetos. Sem flores. Sobre ela colocam-se quatro velas
novas, de cor uniforme ou variada, como se prefira. A coroa coloca-se sobre uma
mesa, ou sobre um tronco de árvore, ou pendura-se elegantemente do tecto.
As
4 velas são acesas à medida que os 4 domingos de Advento se vão
cumprindo. No início da primeira semana de Advento acende-se uma vela. No
segundo Domingo, duas. E assim sucessivamente até que, nas vésperas do Natal e
no quarto Domingo, já estão acesas em todas as celebrações (dominicais e
diárias) as quatro velas. Umas, naturalmente, gastaram-se mais que outras.
[Também pode colocar-se uma quinta vela, branca no centro, na Noite de Natal:
para expressar que o Advento foi tempo de preparação e é mais importante o
Natal, com as suas duas grandes semanas. Pode-se juntar também uma imagem do
Menino, dentro da própria coroa de Advento.]
História
É
de origem germânica. No Inverno, acendiam-se algumas velas que
representavam o “fogo do deus sol”, com a esperança de que a sua luz e o seu
calor voltasse. Os primeiros missionários aproveitaram esta tradição para
evangelizar, relacionando-a com Jesus Cristo.
No
séc. XVI torna-se símbolo do Advento nas casas dos cristãos. Este uso
difunde-se rapidamente e implanta-se também na América.
No
séc. XIX começou a colocar-se a coroa de Advento nas igrejas.
Existe
uma tradição que sugere o nome das quatro velas: vela da Profecia, vela de
Belém, vela dos Pastores, vela dos Anjos.
Uso da Coroa do Avento
O
seu uso tem-se difundido cada vez mais entre nós. Ajuda a aprofundar a espera e
a intensificar, em cada semana, a preparação para a vinda do Senhor. A coroa
está formada por uma grande quantidade de símbolos.
Com
este símbolo da coroa, simples e dinâmico, trata-se de ir criando uma atitude
de espera, com o seu jogo numérico, com o simbolismo da luz do verde, e com uma
aproximação gradual que convida à preparação da vinda de Cristo Jesus, Luz e
Vida para todos. No meio de um mundo secularizado, que tende a celebrar o Natal
com slogans meramente comerciais, a coroa pode ser um pequeno símbolo dos
valores que nós, os cristãos, vivemos nestes dias.
Natal
é a festa da luz: “O povo que andava nas trevas, viu uma grande luz”. Cristo é
a Luz do mundo. É Ele quem, com a Sua vinda, nos ilumina e nos conduziu à
esperança.
A
coroa de Advento aponta para o crescendo da Luz de Cristo, que dissipa as
trevas deste mundo. Ao acender semana após semana os quatro círios da coroa,
significamos os nossos passos de aproximação à luz que vem sobre nós e é Cristo
Jesus.
Simbologia
A
sua forma circular indica a perfeição, a plenitude a que
devemos aspirar na nossa vida de cristãos. O círculo não tem princípio, nem
fim. É sinal do amor de Deus que é eterno, sem princípio e nem fim, e também do
nosso amor a Deus e ao próximo que nunca deve terminar. Além disso, o círculo
dá uma idéia de “elo”, de união entre Deus e as pessoas, como uma grande “Aliança”.
Como
coroa, significa a dignidade, a realeza que Cristo veio
outorgar ao cristão, isto é, a honra, a grandeza, a alegria, a vitória. (Em Ap
4,4-10 Cristo aparece como soberano e em Ap 14,14 tem uma coroa na cabeça como
o próprio Deus). É a “coroa dos eleitos”. Uma coroa é usada em diversas
ocasiões: a noiva no casamento, as crianças em certas festas, na sepultura como
sinal de uma vida plena. A coroa de Advento significa também a plenitude dos
tempos.
Os
ramos verdes significam também o senhorio de Cristo sobre a
vida e a natureza, dons de Deus. Verde é a cor da vida e da esperança. Deus
oferece-nos a sua graça, o seu perdão misericordioso e a glória da vida eterna
no final de nossa vida.
A
luz que se acende indica o caminho, afasta o medo e fomenta a
comunhão. A luz das velas é símbolo de Cristo, luz do mundo.
As
quatro velas da coroa simbolizam cada uma das quatro semanas
do Advento. Acende-se uma vela em cada semana; uma na primeira, duas na
segunda, três na terceira e quatro na quarta, simbolizando a nossa ascensão
gradual para a plenitude da luz do Natal. No inicio, vemos nossa coroa sem luz
e sem brilho. Recorda-nos a experiência da escuridão do pecado. À medida que se
vai aproximando o Natal, vamos acendendo uma a uma as quatro velas,
representando assim a chegada do Senhor Jesus, luz do mundo, que dissipa toda a
escuridão, trazendo aos nossos corações a reconciliação tão esperada.
O
número quatro também pode apontar para os quatro evangelistas, ou para os
quatro mil anos que o Povo Judeu esperou o Messias.
Orações da Coroa de Advento
É
costume, nos domingos de Advento, que as famílias e as comunidades se reúnam ao
redor da coroa para rezar. Pode começar-se por uma estrofe de um canto de
Advento. Pode ler-se antes ou depois de acender a vela uma passagem bíblica.
Acende-se a vela que corresponde à semana em questão, acompanhando, se
possível, com um canto, poema ou oração. Lê-se uma passagem da Bíblia (uma
leitura profética tirada das leituras da Missa), própria do tempo do Advento e
pode fazer-se alguma oração ou meditação. Pode-se recitar uma poesia ou uma
oração de esperança. Pode-se rezar um Pai Nosso, Avé-Maria e Glória, ou
concluir com uma outra estrofe do canto de Advento.
Acende-se na primeira semana uma vela, na segunda duas, etc.; pode fazê-lo cada semana um membro diferente da família ou do grupo.
Acende-se na primeira semana uma vela, na segunda duas, etc.; pode fazê-lo cada semana um membro diferente da família ou do grupo.
A
coroa pode ser abençada pelo sacerdote.
Utilização nas celebrações litúrgicas
A
coroa de Advento pode colocar-se no lugar mais conveniente à arquitectura da
igreja: ao centro, perto do ambão, perto do altar. Não se põe sobre o altar. O
importante é que seja visível e possa ser valorizada. Pode guiar o itinerário
de preparação para o Natal. Pode ser num lugar próximo daquele onde colocaremos
o presépio e, porventura, a árvore de Natal.
As
velas devem ser suficientemente grossas, de cores iguais ou diferentes, de
alturas iguais ou desiguais. No Natal pode estar perto do presépio.
As
velas podem-se acender durante o canto de entrada, logo no início da celebração
após breve monição, ou antes do acto penitencial, antes das leituras, ou após a
homilia.
Uma ou várias pessoas da comunidade levantam-se para acender as velas correspondentes. Podem-no ir fazendo pessoas representativas: crianças, jovens, um casal, uma religiosa. Também pode ser o presidente da assembleia a acender as velas.
Uma ou várias pessoas da comunidade levantam-se para acender as velas correspondentes. Podem-no ir fazendo pessoas representativas: crianças, jovens, um casal, uma religiosa. Também pode ser o presidente da assembleia a acender as velas.
Pode-se
acompanhar este gesto com um canto ou leitura de um texto, ou uma oração em
conjunto.
Na
Missa do 1º Domingo de Advento, ao acender a coroa da igreja podem ser benzidas
as coroas das famílias presentes.
Este
rito de acender a coroa com uma oração, faz-se em todas as Missas dominicais.
Nos restantes dias, as velas estão acesas antes de começar a celebração.
No
Ritual das Bênçãos (nn.1235-1242) existe uma breve monição da coroa e um rito
de benção para o efeito.
Utilização familiar ou em grupos
Quando
a coroa se utiliza na família, no grupo de catequese ou na escola, pode dar
lugar a um simples e sentido momento de oração.
A
coroa do Advento deve ser colocada num lugar de destaque, pode ser um lugar
próximo daquele onde colocaremos o presépio e, porventura, a árvore de Natal.
A
coroa pode ser feita em família, aproveitando a ocasião para ensinar às
crianças o sentido e o significado de tal símbolo.
Podem-se
repartir as funções de cada membro da família durante a oração. Um pode ser o
que acende a vela, outro o que lê a passagem bíblica, outro que faz algumas
preces, outro que faz algum comentário... A idéia é que todos possam participar
e que seja uma ocasião de encontro familiar.
Fonte: abcdacatequese.com.br
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