“Quando
reina este mundo da feroz idolatria do dinheiro, se concentra muito no centro.
E as pontas da sociedade, os extremos, são mal atendidos, não são cuidados, e
são descartados. Até agora, vimos claramente como se descartam os idosos. (...)
Então para sustentar esse modelo político mundial, estamos descartando os
extremos.” Assim se expressou o Papa Francisco em entrevista vinculada
no Brasil no dia 28 de julho de 2013. Ele nomeava que nessa realidade, num
extremo ficavam os idosos, e no outro os jovens com o grande desafio do
desemprego.
Difícil discordar do Papa,
mesmo os não-católicos, mesmo os não-crentes. Entretanto, mais descartável que
o extremo da juventude, numa extremidade ainda mais longínqua, eu vejo as
crianças, os bebês, os nascituros, os fetos, os embriões. Eles também estão
nessa lista de descarte das políticas atuais com o progressivo lobby abortista de
grandes organizações com interesses comerciais, mídias seculares e sem
compromisso com a moral e governos interessados em servir aos dois primeiros.
O nascituro é descartável, e
a vida humana é relativizada. Questiona-se o direito da mãe e ignora-se o
direito do filho. Chamam de direito da mulher, mas eu chamo de direito da mãe,
pois desde o 1º segundo que a mulher contém em seu ventre um outro ser humano,
ela não é mais apenas mulher, é MÃE, aceitando ela ou não, desejando ela ou
não!
É verdade que nem toda mãe
tem a dignidade e consciência necessárias para ser portadora do milagre da
gestação e existem aquelas pessoas superficiais que vociferam: “É contra o
aborto, não faça um”! Mas quem se opõe ao aborto não é exatamente uma pessoa
que só pensa em si mesma... Quem é provida sofre, e sofre muito por aqueles “brasilerinhos"
que não podem se defender daquela que deveria ser sua protetora. Ninguém tem
culpa da mãe e do pai que o gerou: nem de ter um pai estuprador, nem de estar
dentro de uma mãe assassina, dependendo única e exclusivamente dela para
viver... Quem os salvará da morte cruel se nem mesmo com a própria mãe podem
contar?!
Os promotores da cultura do
descarte e da morte ironizam a causa provida afirmando que ser contra o aborto
faz parte de um suposto obscurantismo religioso e que mulheres morrem fazendo
aborto clandestino. Ora, se a vida humana se resumisse a apenas uma questão
religiosa, haveria esperança para a raça humana. Mas quando se relativa sob
qualquer argumento quem deve morrer e quem deve viver, fundamentando para tal
liberdade uma oposição ao obscurantismo daqueles que querem a vida, fica mais e
mais difícil confiar no ser humano. Maldito o homem que confia no homem! **Maldito
o eleitor que confiou na candidata?** Maldito o filho que confiar em sua mãe
para que possa viver também?
Qual a diferença em matar o
feto sob o argumento de ainda não é humano e não se matar o bebê, sob o
argumento de que ainda não é nascido com vida? E não se matar a criança sob o
argumento de que ainda não é capaz? E não se matar o adulto sob o argumennto de
que ainda não é humano ou civilizado o suficiente para conviver entre nós?
Alguém tem o contato da mãe do adulto? Podemos ligar para ela e pedir que mate
o filho adulto, pois que ele sempre é potencia de algo que ainda pode se
tornar? Qual a diferença? Descarta-se os extremos, como denunciou o Papa...
No dia de hoje, assistimos
nossa presidente Dilma sancionar sem nenhum veto o PLC 3/2013, a lei que os
organismos de cultura de morte tanto aguardavam no Brasil: a brecha para a
legalização do aborto. Já circulam nas redes sociais postagens de luto, que afirmam que neste dia (1º de Agosto de 2013) foi legalizado o aborto no Brasil, mesmo que por vias transversas. Leia abaixo o texto da fanpage Cultura da Vida e entenda
melhor o porquê da comoção provida.
Ao
contrário do que a Folha e a grande mídia anuncia, Dilma não vai simplesmente sancionar
lei que garante atendimento a vítimas de estupro. Não, é muito mais grave:
Dilma vai sancionar lei que garante o Atendimento previsto em Norma Técnica do
Ministério da Saúde - que prevê sim a prática do aborto - em qualquer mulher,
em qualquer período gestacional QUE SIMPLESMENTE ALEGUE TER FEITO SEXO NÃO
CONSENTIDO (uma expressão vaga e abstrata que abrange com facilidade uma
infinidade de situações). Esta Norma Técnica que protocola o atendimento a
mulheres vítimas de violência sexual garante aborto como parte do atendimento
integral mesmo sem qualquer evidência de veracidade - Boletim de Ocorrência,
Parecer de Legistas, Testemunhos - a toda a rede de Hospitais que atendem pelo
SUS. Isso significa, na prática, a legalização do aborto no Brasil, precisando
que a gestante apenas alegue ter feito sexo não consentido (sexo feito com
enxaqueca, sob efeito de álcool, apenas para agradar o marido, etc) em qualquer
Hospital que atende pelo SUS em qualquer tempo gestacional. Quer dizer: se um
filho de 5 meses de gestação se apresentar um incômodo para a sua mãe, por
qualquer motivo, bastará ela inventar uma história que qualifique a concepção
deste seu filho como fruto de sexo não consentido, e ela deverá receber por
essa lei aprovada, atendimento emergencial que inclui pelo protocolo da Norma
Técnica, o abortamento. Entenda: apesar do PLC 03/2013 não mencionar a palavra
Aborto, ela qualifica como Violência Sexual qualquer ato sexual não consentido
e garante a essas mulheres o atendimento emergencial previsto na Norma Técnica
do Ministério da Saúde. Por isso esse projeto de lei era chamado por muitos
como um projeto Cavalo de Tróia, feito para enganar as pessoas e passar batido
pela imprensa como um simples projeto feito para ajudar vítimas de estupro.
Em 2010, na ânsia
ensandecida de ganhar votos de gregos e troianos, a senhora presidente havia
prometido por escrito que não tomaria nenhuma iniciativa de propor alterações
de pontos que tratassem da legislação do aborto. Não foi capaz de cumprir sua palavra,
mostrando que o jogo político não sustenta máscaras por muito tempo. Nem todo governante tem o
caráter de manter a palavra. Católicos, cristãos, não restam mais dúvidas. Já
sabemos com toda a certeza em quem não votar nas próximas eleições.
Enquanto ainda era o Cardeal
Bergoglio, o Papa Francisco afirmou: “Defenda o nascituro contra o aborto mesmo
que te persigam, te caluniem, montem armadilhas para ti, te levem às barras do
tribunal ou te matem”. Vivemos esse tempo, meus irmãos. Lutemos pela vida de
TODOS, das cristãs e das feministas, as quais se tornam igualmente MÃES quando
seus óvulos são fecundados por um espermatozoide. Lutemos pelas vidas das mães
e de seus filhos, tendo eles sido concebidos num momento “oportuno” ou não,
tendo sidos desejados ou não, amados ou não. Eles merecem a chance de viver, mesmo
que não os conheçamos. Os nascituros estão no extremo da fragilidade e da
vulnerabilidade humana. Na dependência de suas mães para existirem, se
encontram num verdadeiro corredor da morte, julgados e condenados, sem direito
a ampla defesa constitucional, num país onde a impossibilidade da pena de morte
é cláusula pétrea. Seres humanos não podem ser descartáveis, sob nenhum
argumento. A vida não pode ser relativizada.
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