Recebi esse texto hoje
de uma amiga “fofa” e sempre presente em minha vida, intercessora e que
frequentemente é para mim, no dizer do Pe. Fábio de Melo, como uma “via por
onde o Sagrado me visita”. O nome do texto é “No casamento, ame”, e o autor é o
Márcio Mendes, missionário da Comunidade Canção Nova. Disponibilizo o texto na
íntegra no link ao final da postagem, mas gostaria de deixar umas impressões
pessoais, algumas análises a partir das inspirações do autor. Os trechos em
destaque foram copiados do texto; em seguida, as minhas reflexões. Vamos
meditar um pouco em alguns mistérios do Sacramento do Matrimônio!
“Quando um homem e uma
mulher se unem diante de Deus para formar uma família, seu relacionamento se
transforma num instrumento de cura um para o outro.”
O Magistério ensina que
os sacramentos da Reconciliação e Unção dos Enfermos são verdadeiramente
sacramentos de cura e quando o sacerdote os ministra, Deus age curando (CIC §
1421-1421). A vida dos santos é repleta de testemunhos de curas milagrosas
destes que, levando a sério o seguimento de Cristo, realizaram de fato as
mesmas obras Dele, e ainda maiores (Jo 14, 12). Na RCC e em outros movimentos
abertos aos carismas, quantas vezes vimos os prodígios do Senhor por meio da
efusão do Espírito Santo realizando curas, tanto interiores, emocionais,
psicológicas, como também físicas! Quando li esse trecho, me identifiquei
totalmente e louvei muito a Deus pela graça do matrimônio em minha vida por
inúmeras bênçãos, mas especificamente por ser também um sacramento de cura para
mim, meu marido, nossa família. Tenho plena certeza que sou ministra de cura no
exercício da minha vocação para o meu marido assim como ele é para mim. Percebo
que este é um carisma que floresce naturalmente no contexto familiar. Eu não
sou perfeita, preciso ainda de muita cura e libertação em diferentes áreas da
minha vida e ninguém sabe mais disso do que o meu marido Juliano. Ele também já
experimentou situações difíceis na vida que deixaram vazios e cicatrizes. Quantas
e quantas vezes o Espírito agiu em minha vida através do Ju, seja revelando
minhas deficiências, denunciando meus erros, exigindo uma atitude digna e
respeitosa na relação ou no extremo oposto, sendo presença amorosa que
compreende e acolhe, sendo o amigo que perdoa sempre e nunca desiste e até
sendo um canal de alegria e paz por meio de um bom humor e cumplicidade que só
a intimidade pode proporcionar. Quando estou me sentindo mal, indisposta ou doente
mesmo, eu sempre tenho muita confiança em pedir ao Juliano que imponha as mãos
sobre mim e clame ao Senhor. E eu testemunho aqui, para a honra e glória do
Senhor Jesus, que por inúmeras vezes Ele agiu em meu benefício através do meu
marido. Em necessidades mais graves ou nas dores de cabeça cotidianas, o Senhor
me aliviou, se utilizando desse ministério do meu esposo. Isso é real. Os
casais, se soubessem a riqueza que é viver isso, tomariam logo posse desse
carisma em seu matrimônio sem escrúpulos, falsas modéstias ou descrença, e se
colocariam como servos dos seus cônjuges também nesse quesito.
É tão grande a força do
amor que você acaba fazendo a outra pessoa amar você também. É algo simples?
Sim é simples. Mas é fácil amar? Fácil não é, mas é o único caminho para a
transformação da outra pessoa.
Quando eu e o Juliano
estávamos noivos, o que mais eu ouvia nos encontros de casais que participamos
era que tentar mudar nosso parceiro era um grande erro, até uma injustiça.
Ouvia falar muito sobre aceitação, compreensão, mas posso assegurar que a nossa
transformação pessoal é necessária, ou melhor, “inevitável” quando nos
conscientizamos que estamos num relacionamento que não é apenas uma união de
cônjuges, mas antes o exercício de uma vocação, a resposta de um chamado de
Deus, uma missão. A chave dessa transformação, na minha experiência, coincide
com a opinião do autor do texto: é o amor, em sua expressão mais pragmática
possível, em atos e obras como ensina o apóstolo (1 Jo 3, 18). O Juliano mudou
em muita coisa, por amor a mim. Eu mudei em muitas outras, por amor a ele. Por
causa de uma consciência do nosso compromisso. Em resposta ao amor recebido do
outro, provado na rotina, nas crises, nas tribulações; frutificado nas alegrias
cotidianas e vitórias conjuntas. Juliano definitivamente modificou o meu jeito
com sua insistência (irritante, se me permitem o aparte) no bendito “diálogo
franco e aberto”. E eu tenho observado que ele já não é o mesmo do tempo de
namoro para cá... Mudei eu, mudou ele... pois o amor tem esse poder: moldar
todas as coisas para que se configurem aos seus parâmetros!
Quando queremos que uma
pessoa mude, há três coisas simples e poderosas que podemos fazer:
1º) Usar, no
relacionamento, a máxima exigência com você mesmo;
2º) Ter o máximo de
compreensão com a outra pessoa;
3º) Ter sempre um
sorriso para ela.
Que excelentes
conselhos Márcio Mendes nos dá! Nem há o que comentar sobre estes pontos que só
poderiam sobrevir de uma verdadeira vivência do Sacramento do Matrimônio com
maturidade e sabedoria. A pertinência dos dois primeiros é inquestionável, a
sensibilidade do terceiro evidencia um nível superior de engajamento na missão
sacramental, de fato, um “quê” a mais. Quando queremos que nosso cônjuge mude,
eu poderia apenas citar uma outra coisa que, na nossa história observamos ter
sido imprescindível: entender a raiz do comportamento que gostaríamos que se
modificasse; buscar saber, na história de vida da pessoa, o que aconteceu com
ela para que ela adotasse esta ou aquela atitude. O Juliano sempre me alerta
que, por trás do agir das pessoas tem muita coisa vivida. Ele já apontou muito
disso em minha história, já revelou muito disso em suas próprias posturas. Tomando
consciência disso, o próximo passo é muita conversa, abertura, oração, amor
concreto.
Vale a pena ler o texto
todo e aprofundar em sua própria realidade na vida de vocacionado ao matrimônio.
Acesse pelo link: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=%2013061
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