Uma liturgista da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil) destaca que a liturgia na Quaresma deve ser permeada de silêncio e
sobridade.
Para celebrar profundamente a Quaresma --que se estende da
Quarta-feira de Cinzas até a manhã da Quinta-feira Santa--, Ir. Veronice
Fernandes, pddm, faz algumas indicações, em texto difundido via internet pelo
projeto «Liturgia em Mutirão», da CNBB.
Ela recorda primeiramente que a oração, o jejum e a
solidariedade devem ser intensificados.
Também «o espaço litúrgico seja despojado e sóbrio. Os
vazios e as ausências nos ajudam a esvaziar o coração para preenchê-lo com a
Palavra, que é luz para nossos passos e que nos converte», afirma.
Ir. Veronice Fernandes destaca ainda que momentos de
silêncio, «principalmente entre as leituras e após a homilia, são importantes».
A cor litúrgica para a Quaresma é a roxa – explica a
religiosa –, que expressa a dimensão maior de penitência e disposição à
conversão.
«Um sinal permanente no espaço litúrgico, como um tecido
roxo em forma de faixa na mesa da Palavra ou como detalhe na mesa eucarística»,
mas sem «tampar» ou «esconder» o altar, «ajudará na experiência quaresmal.»
A religiosa indica também que «a cruz, pela qual fomos
marcados no Batismo, deve ser destacada».
«Ela lembra que somos discípulos e discípulas de Jesus, que
superou o fracasso humano da cruz com um amor que vence a morte. Nas celebrações
do Ofício de vigília, aos sábados, no momento do canto de abertura, pode ser
feita a iluminação da cruz. É preciso também valorizá-la nas celebrações
dominicais.»
Sobre os cantos e melodias, a religiosa afirma que eles
«expressam o sentido próprio do mistério celebrado».
«Por isso, cuide-se para que não apenas deixem de ser
cantados o Glória e o Aleluia, mas que, tanto no conteúdo quanto no ritmo e no
uso dos instrumentos, eles sejam uma verdadeira expressão da Quaresma»,
escreve.
Por Alexandre Ribeiro in Site zenit.org
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