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BETTENCOURT
27 Razões para não ser católico -
Por um anônimo
Revista: "PERGUNTE E
RESPONDEREMOS", D. Estevão Bettencourt, Osb (Nº 523, Ano 2006, p. 43)
Em síntese: O presente artigo
responde ao questionamento apresentado por um irmão protestante, que nada de
novo diz. As respostas dadas ao irmão poderão ser úteis a quantos fiéis
católicos se veem assediados por objeções - às vezes caluniosas - de irmãos separados.
Eis o que escreve o interlocutor
anônimo:
1. "Ele me salvou"
"1. NÃO SOU UM CATÓLICO
ROMANO, primeiramente porque Jesus Cristo salvou-me de meus pecados (Mt 1, 21),
garantindo-me a remissão por Sua graça (Ef 1, 7), ao arrepender-me (Lc 13, 3;
At 3, 19; 11.18) e crer em seu
sacrifício na Cruz do Calvário (At 20, 21; Rm 3, 26). Assim o Senhor me fez uma
nova criatura (Jo 3, 3-6; 2 Co 5, 17; Ez 36, 26) e seu filho (Jo 1, 12; Rm 8,
14-17; 1 Jo 3, 1), para que hoje eu pudesse glorificá-lo através da minha vida
e testemunhar aos outros acerca de tão grande salvação que me foi concedida
pelo Filho de Deus (ver Gl 2, 20; Ef 2, 10; Hb 13, 15-16; 1Pd 2. 5, 9-10; Mc
16, 15; Rm 10, 13-15)".
Nesta passagem chama-nos a atenção o caráter individualista da locução:
as partículas "eu, me, a mim" voltam constantemente como se o
Cristianismo fosse algo do foro privado. - Ora tal atitude é profundamente
antibíblica; sim, Jesus fala da "minha Igreja" com sua hierarquia
(cf. Mt 16, 16-19; 18, 18). Ser cristão é ser membro do Corpo de Cristo Cabeça
(cf. 1Cor 12, 12-21), é ser ramo do tronco de videira, que é Cristo (cf. Jo 15,
1-5).
O protestantismo põe de lado o sacramento da Igreja, fazendo do
indivíduo autor do seu Credo em consequência do princípio do livre exame da
Bíblia. Esse subjetivismo redunda no relativismo que tanto caracteriza o
pensamento contemporâneo.
2. Somente a Escritura
"2. NÃO SOU UM CATÓLICO
ROMANO, porque creio na Suprema Autoridade das Escrituras, como única regra de
fé e prática (Sl 19, 7-8; Sl 119, 105; ls 8, 20; Mt 22, 29; Lc 16, 29; Jo 5,
39; 10, 35; Jo 17, 17; Rm 15, 4; At 15, 15; 17, 11; 24, 14; 2Tm 2, 15; 3,
15-17; 2Pd 1, 19-21). Esta autoridade das Escrituras deriva de sua divina
inspiração (2Tm 3, 16) e de sua revelação que "não foi dada por vontade
humana" (2Pd 1, 21), o que lhe garante evidente proeminência".
Os católicos também seguem a Bíblia, e a seguem mais fielmente do que
seus irmãos protestantes.